A dimetilarginina assimétrica (ADMA) é um inibidor endógeno das óxido nítrico sintetases (NOS), enzimas que catalisam a produção de óxido nítrico, que competem entre si pelo mesmo substrato: a L-arginina. A ADMA é produzida a partir de resíduos de arginina metilada de proteínas, metabolizada pela enzima dimetil arginina dimetilaminotransferase (DDAH) e excretada na urina. Outro análogo da arginina metilada, também com capacidade de inibir a NOS, é a N-mono metil L-arginina (LNMMA). Entretanto, as concentrações plasmáticas de LNMMA são 10 vezes menores do que as de ADMA. Por isso, considera-se que a ADMA tenha maior importância biológica e clínica.
Por atuar como um inibidor endógeno da NOS, esse biomarcador possui um papel importante na regulação do tônus vascular, pois reduz a complacência vascular, aumenta sua resistência e limita o fluxo sanguíneo. Além disso, ao antagonizar aos efeitos protetores do óxido nítrico (NO), a ADMA é capaz de promover a atereogênese .
Níveis elevados de ADMA estão associados a fatores de risco cardiovasculares, como hipercolesterolemia, diabetes, hipertensão arterial, progressão da aterosclerose e pré-eclâmpsia.