A avaliação da relação cálcio/creatinina reduz as alterações causadas pela variabilidade intrapessoal para diferentes amostras e pelos fatores de diluição urinária, como a desidratação e o uso de diuréticos durante o acompanhamento dos pacientes. A concentração do cálcio total na urina reflete a absorção intestinal, a reabsorção óssea, a filtração e a reabsorção tubular renal. A medida do cálcio urinário é indicada no acompanhamento das terapias de reposição e na avaliação do metabolismo do cálcio nas doenças ósseas, na nefrolitíase, na hipercalciúria idiopática e nas doenças da paratireoide. O excesso de excreção de cálcio urinário é a causa mais comum de formação de cálculo renal. Outras causas significativas são: hiperoxalúria, hiperuricosúria, volume urinário baixo e hipocitratúria. Outras causas de hipercalciúria incluem o hipertireoidismo, a acidose tubular renal, a sarcoidose e outras doenças granulomatosas, a intoxicação por vitamina D, os excessos de glicocorticoides, a doença de Paget, a acidose tubular de Albright, várias síndromes paraneoplásicas, a imobilização prolongada, os estados hipofosfatêmicos induzidos, o mieloma múltiplo, o linfoma, a leucemia, os tumores metastásicos, especialmente ósseos, a doença de Addison e a síndrome leite-álcali. A hipercalciúria contribui para formação de cálculos renais e osteoporose. Hipocalciúria: deficiência de vitamina D, hipocalciúria familiar, hipoparatireoidismo, esteatorreia, pseudo-paratireoidismo, metástases de câncer de próstata, osteodistrofia renal, osteomalacia, pré-eclâmpsia e diuréticos tiazídicos.