A ansiedade é uma resposta emocional que ocorre frente a estímulos que rompem o equilíbrio fisiológico e psicológico atuando como um sistema de defesa do organismo. Neste tipo de situação a ansiedade é considerada uma reação natural e positiva. Nas sociedades modernas, esta resposta emocional inata tem se desenvolvido de forma patológica dando lugar a sintomas e a quadros sintomáticos que constituem os denominados transtornos da ansiedade. A maioria dos transtornos de ansiedade tem um curso crônico, com períodos de exacerbação perante situações de estresse vital ou doenças. As terapias psicológicas e farmacológicas podem ser eficazes a curto prazo para alívio dos sintomas, porém os dados revelam que o tratamento farmacológico em longo prazo (vários anos) não possui eficácia em um porcentual considerável dos pacientes.
A falta de efeito do tratamento farmacológico da ansiedade e da insônia pode ser devida em grande parte a causas genéticas, pois a variação no genoma humano é um dos fatores mais importantes responsáveis por modular a resposta individual aos medicamentos. A Farmacogenética estuda como as diferenças genéticas entre os indivíduos influenciam nas distintas respostas aos fármacos. Além da falta de efeito do tratamento farmacológico, também é necessário levar em conta os problemas de dependência que podem ocasionar estes tipos de medicamentos assim como os efeitos secundários indesejáveis que podem gerar. Em consequência, a análise genética dos polimorfismos implicados nas distintas respostas ao tratamento farmacológico da ansiedade e insônia pode ser de grande importância para um grupo considerável de pacientes.
Este exame estuda as principais enzimas metabolizadoras, transportadoras e alvos envolvidos no metabolismo dos fármacos ansiolíticos e hipnóticos. A análise proporciona informação relevante sobre os 13 fármacos mais utilizados, a partir do estudo de 22 polimorfismos genéticos, descritos na bibliografia científica, presentes nas seis enzimas principais do sistema citocromo P450: CYP2D6, CYP2C9, CYP2C19, CYP3A4, CYP3A5 e CYP1A2. Neste teste são considerados os seguintes fármacos: Alprazolam, Bromazepam, Clobazam, Clorazepato, Clorodiazepóxido, Diazepam, Doxepina, Flunitrazepam, Cetazolam, Lormetazepam, Triazolam, Zolpiden, Zopiclona.