A arritmia consiste em uma alteração do ritmo cardíaco que pode desacelerar, acelerar ou desregular o batimento do coração. Esta alteração é devida normalmente a alterações na transmissão elétrica do coração e pode dar lugar a palpitações, síncopes ou parada cardíaca.
A finalidade do tratamento farmacológico das arritmias é tanto combater seu aparecimento como evitar que o ritmo cardíaco se torne muito rápido ou muito lento. Apesar dos últimos avanços no tratamento farmacológico das arritmias, nem todos os pacientes respondem bem aos antiarrítmicos e alguns destes fármacos podem dar lugar a efeitos secundários. Calcula-se que entre 40 a 60% dos pacientes com arritmias em tratamento não conseguem alcançar o efeito esperado com a medicação. A falta de tolerância e efeito do tratamento farmacológico das arritmias pode ser decorrência em grande parte de causas genéticas, pois a variação no genoma humano é um dos fatores mais importantes responsáveis por modular a resposta individual aos medicamentos. A Farmacogenética estuda como as diferenças genéticas entre os indivíduos influenciam na distinta resposta aos medicamentos. Em consequência, a análise genética dos polimorfismos implicados na distinta resposta ao tratamento farmacológico das arritmias, pode ser de vital importância em um grupo considerável de pacientes. Este exame estuda as principais enzimas metabolizadoras e alvos que estão implicadas no efeito e toxicidade dos distintos tratamentos farmacológicos das arritmias. A análise proporciona informação relevante sobre os 5 medicamentos mais utilizados a partir do estudo de 14 polimorfismos genéticos descritos na literatura científica.