Alérgenos são substâncias geralmente de natureza proteica, que causam doenças alérgicas através de mecanismo mediado pela Imunoglobulina E (IgE). Quando estes alérgenos encontram-se, no local de trabalho, dizemos que se trata de um alérgeno ocupacional.
Clinicamente, os trabalhadores expostos podem desenvolver alergias ocupacionais respiratórias ou cutâneas, destacam-se a asma, rinite, conjuntivite alérgicas, dermatite de contato, pneumoconioses (antracose, silicose, asbestose) e em alguns casos extremos, anafilaxia.
Os agentes causadores podem diferir na apresentação clínica, no tipo de reação produzida, além das características das pessoas envolvidas, e o tipo de ocupação. Por exemplo em veterinários a alergia pode ser em função de epitélios de animais; profissionais da indústria de tinta e materiais elétricos, isocianatos; profissionais da área de saúde, alergia ao látex; profissionais da indústria de plástico e resina, alergia a anidridos; agricultores, alergia a sementes, cereais e epitélios animais. Atividades profissionais anteriores podem estar relacionadas com o quadro, portanto, o histórico ocupacional do indivíduo deve ser considerado, não apenas o emprego atual.
A presença de IgE detectável não indica, necessariamente, doença alérgica, tampouco a sua ausência a exclui. Não há como interpretar a dosagem de IgE específica dissociada da anamnese e de outros exames complementares.