Alérgenos são substâncias geralmente de natureza proteica, que causam doenças alérgicas através de mecanismo mediado pela Imunoglobulina E (IgE). Quando estes alérgenos encontram-se, no local de trabalho, dizemos que se trata de um alérgeno ocupacional.
Clinicamente, os trabalhadores expostos podem desenvolver alergias ocupacionais respiratórias ou cutâneas, destacam-se a asma, rinite, conjuntivite alérgicas, dermatite de contato, pneumoconioses (antracose, silicose, asbestose) e em alguns casos extremos, anafilaxia. Os agentes causadores podem diferir na apresentação clínica, no tipo de reação produzida, além das características das pessoas envolvidas, e o tipo de ocupação.
O óxido de etileno é um gás inflamável e explosivo e cuja combustão incompleta libera monóxido de carbono.
É produzido em grande escala e usado principalmente como intermediário na produção de outros compostos químicos, em especial, o etilenoglicol. Também é utilizado no controle de insetos em produtos agrícolas e como fumigante ou esterilizante em alimentos, roupas, móveis, suprimentos médicos descartáveis estéreis, além de ambientes como hospitais e clínicas odontológicas.
O corpo humano produz óxido de etileno por duas vias: a partir da oxidação do etileno, produzido normalmente no organismo em processos de oxidação e através da atividade metabólica de bactérias intestinais.
O contato do óxido de etileno com a pele pode causar vermelhidão cutânea, bolhas, ulceração e dermatite de contato alérgica, além de irritação ocular. A ingestão de óxido de etileno pode causar mal-estar e dor de estômago. A exposição de longo prazo ao óxido de etileno pode causar danos ao sistema respiratório e ao sistema nervoso. A longo prazo, a inalação de de óxido de etileno aumenta o risco de diversos tipos de câncer.A presença de IgE detectável não indica, necessariamente, doença alérgica, tampouco a sua ausência a exclui. Não há como interpretar a dosagem de IgE específica dissociada da anamnese e de outros exames complementares.